Nação Valente e Imortal

Nação Valente e Imortal
"Desfralda a invicta bandeira à luz viva do teu céu"

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 48)

Um deputado do PSD pode votar por 25 na Madeira                            http://www.publico.pt/Local/um-deputado-do-psd-pode-votar-por-25-na-madeira-1522151

Afinal, tenho de dar a mão à palmatória, uma maioria absoluta não é maioria absoluta se se tiver representabilidade infinitesimalmente superior a 50%.

Aquando das últimas eleições para a Assembleia Legislativa (AL) da R.A da Madeira dei-me conta de criticar quem afirmava que Alberto João Jardim ganhou, mas por pouco... Para mim era óbvio que o PSD tinha ganho com maioria absoluta e ponto final (infelizmente, mas foram as opções do povo da Madeira). Parecia um discurso do quase ganhámos (da oposição), um lamber de feridas de guerra e uma atribuição de medalha de cortiça por quase alcançar uma quase vitória.

Afinal eu estava errado! Uma maioria absoluta por pouco faz a diferença! Faz tremer de medo alguém que tem "todo" o poder. Alberto João Jardim e toda a gente que gravita em seu torno tem medo!!! Teme que a oposição tome algum protagonismo e consiga democraticamente (sim, porque a oposição também foi eleita) algumas iniciativas legislativas e por negligência presencial de alguns deputados do PSD serem aprovadas pela oposição. Mas não são estas as regras democráticas? Não é para isso que serve a assembleia? Nem sequer a disciplina de voto pode ser obrigatória, quanto mais votar pelos ausentes...

Ouvi hoje dizer na rádio que o PSD (Madeira) não quer surpresas na AL. Se não quer surpresas obrigue-se a comparecer às sessões, não fomente o abstencialismo e a desresponsabilização. Numa altura de crise onde o empenho de toda a sociedade portuguesa é fulcral, em especial na Madeira, vêm estes senhores permitir-se a baldas. O hemiciclo madeirense a funcionar com 1/3 de deputados e o voto de um partido poder concentrar-se apenas numa pessoa? Para que serve a assembleia? Para isso bastava haver um deputado por partido com o voto proporcional aos votos adquiridos pelo partido e havendo maioria absoluta, nem seria necessário assembleia, porque uma única pessoa pode e manda. A que se chama isto? DITADURA!

Tenho a esperança de que esta representatividade seja declarada inconstitucional, para não falar que, a meu ver, esta iniciativa legislativa seja motivo suficiente para uma dissolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

A concentração de poder é demasiado perigosa, ainda há memória disso em Portugal, não nos esqueçamos!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 47)

Não é igual trabalhar mais tempo pelo mesmo dinheiro a receber menos dinheiro e trabalhar o mesmo!!!
Há quem defenda que isto é equidade...
De facto não é, ainda quando estas medidas são aplicadas de forma diferente e em sectores sociais diferentes, mesmo que contabilisticamente fossem equivalentes, o que não se verifica.

Setor privado: extensão do período diário de trabalho em mais 1/2 hora, medida que será aplicada a todos os trabalhadores. De igual forma, em teoria, todos os trabalhadores verão reduzida a sua remuneração por hora em 0.5/8 que corresponde a redução de 6.25% do salário/hora, mas que no final do mês fará com que esse mesmo trabalhador traga para casa o mesmo salário anterior!

Setor público: redução de 2 em 14 meses de vencimento para pessoas com salários acima de 1.000 euros e outras percentagens de redução acima do ordenado mínimo. Quem ganhar de salário base 1.000 euros ou superior receberá menos 14.29% do salário/hora, mas no final do ano terá recebido efectivamente menos 14.29% de ordenado.

Quando se fala de ordenados elevados, talvez as pessoas prefirem receber menos salário do que trabalhar mais horas. Mas quando não há margem para poupanças ou extravagâncias, qualquer corte nos salários implica uma dificuldade acrescida para a sobrevivência, decerto que a opção dessas pessoas seria a de poder trabalhar mais tempo e não lhes verem reduzidas as prestações do trabalho.

Não há equidade quantitativa, nem social, isso é uma miragem que só o (des)"Governo de Portgal" (R) é que vê!!!´Estas medidas são carregadas de injustiça e originam maior fragmentação social e atirará muita gente para a pobreza, com consequências sociais que ninguém deseja.

Os cortes salariais não contribuem para a competitividade, muito pelo contrário, geram desmotivação com consequências reais negativas na produção. Por isso é que nem os patrões os desejam, sabem as consequências de tal atitude.

Acham que a máquina do Estado vai funcionar melhor depois disto tudo? Tenho resposta: NÃO! Será pior ainda...

A extinção de posto de trabalho, ao contrário do que tem sido até aqui, não vai distinguir a antiguidade, ou seja, a mobilidade de posto de trabalho não vai ser dada prioritariamente aos funcionários mais antigos (por norma mais velhos) o que vai fazer com que pessoas com mais idade sejam despedidas e após isso com menos capacidade de reintegração no mercado de trabalho. Também tem consequências socias muito graves esta medida...

Antevejo com isto tudo a maior crise social em Portugal da história da minha vida que praticamente da idade do 25 de Abril. Temo as suas consequências, para o nosso futuro, para as gerações do pós 25 de Abril, para as prespetivas dos jovens, para o fim de vida dos menos jovens... não há nenhum sinal de esperança! É esta a herança que deixamos para os próximos anos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 46)

Troika recomenda cortes salariais no sector privado
http://economico.sapo.pt/noticias/troika-recomenda-cortes-salariais-no-sector-privado_131535.html

No que toca a baixar o ordenado dos outros é fácil de mandar fazer...
"A vida dos outros é tão fácil para mim..."

Se há medidas injustas a fazer é observar a actuação deste (des)"Governo de Portugal" (R). Basta olhar para o disparate dos cortes dos 2 subsídios a uma franja da população, ficando os outros (sector privado no activo) a rir-se destes, como já ouvi dizer: "os funcionários públicos têm o que merecem!"

Agora vêm uns troikos a dizer que o sector privado deve acompanhar os cortes do público... não era difícil de adivinhar que a coisa estava, e está, a caminhar nesse sentido, talvez passe a ser mais equitativo, talvez haja menos pessoas a rirem-se dos funcionários públicos que 'têm o que merecem'. Mas esta não é a questão! Seria completamente desastroso para todo o país que tais medidas se estendessem a todos os sectores. Uma redução brutal de todos os salários iria colocar, suponho, centenas de milhares de famílias em insolvência, o PIB desceria imenso (e já vai descer à conta dos funcionários públicos e pensionistas) devido à muita menor disponibilidade de dinheiro para gastar... o mercado interno entra em colapso lançando milhares e milhares de lojas e restauração na falência por não disponibilidade de dinheiro para gastar... estes 'troikos' andam mais uma vez a brincar com a vida de milhões de pessoas...

Só um à parte... ouvi hoje que a Alemanha está com uma taxa de empregabilidade record desde a unificação... porque será? A crise não bateu à porta da Alemanha... presumo que a mesma Alemanha se está a alimentar das crises dos outros países da UE... acho que vale a pena analisar isto!

Voltando ao assunto principal, a redução de salários também para os privados. Já estavam todos os Portugueses a contar com austeridade para os tempos que correm, mas um corte de 14% em todos os salários acima de 1.000 euros e de uma percentagem progressivamente menor até ao salário mínimo é um corte insupoirtável. Há demasiadas pessoas e famílias que não conseguirão aguentar estes cortes, originando a maior crise social desde o 25 de Abril de 74... as consequências para o país serão arrasadoras! O mercado interno estagnará por completo, deixará de haver procura interna, mas com isso o resto do mundo vive bem! Isto em nome de quê? De uma folha de contabilidade pública limpinha? Em nome disso destroi-se uma sociedade?

Não será com cortes salarias que se incentiva uma maior produção, muito pelo contrário, gera desmotivação! Muitas empresas quando apresentam bastantes lucros são descapitalizadas, na sua maioria pequenas e médias empresas. Normalmente os trabalhadores têm noção da dimensão dos lucros das empresas e chegando o fecho das contas os lucros são praticamente remetidos para os bolsos dos sócios, mas praticamente todo o lucro! Não deixando uma tesouraria desafogada e precavida e praticamente em nenhum lado são distribuidos prémios (que serviriam de incentivo) aos colaboradores que tornaram esses lucros possíveis! Uma boa distribuição de lucros seria, a título de exemplo: 50% para os sócios, 25% na tesouraria da empresa (para investimento e poupança da empresa para alguma eventualidade) e 25% distribuido pelos colaboradores da empresa. Com políticas de incentivo é que os trabalhadores produzem mais. Quando trabalhamos e temos a noção que estamos a ser explorados, trabalhamos apenas porque é um mal necessário! Em Portugal há a cultura do empresário que tem de enriquecer depressa, claro que o principal objectivo de uma empresa é gerar lucro, mas uma distribuição lusta de lucros torna essa empresa uma máquina mais eficiente! Porque todos saberão que se trabalharem mais e melhor serão recompensados por isso!

As perdas na função pública têm sido muitas! Desde os congelamentos salariais verificados nesta última década com a inflação sempre a subir, o poder de compra diminuiu efectivamente. Acabaram os prémios ao desempenho dos funcionários, aumento das contribuições sociais, limitação da possibilidade de fazer horas extraordinárias, congelamento de carreiras, etc... os cortes de ate 10% já efectuados este ano e os anunciados 14,3% para 2012 , fazem com que esta classe de trabalhadores tenha perdido até cerca de 40%, em contas feitas de cabeça, de poder de compra, empobrecendo as pessoas...

Os salários em Portugal são muito inferiores à média da UE! Como podem pedir convergência se obrigam Portugal, e não só, a aumentar ainda mais esta diferença? A convergência é só para o que interessa, é importante a Alemanha poder evoluir economica e financeiramente ;) o resto que arda no inferno e que continue a comprar coisas à Alemanha... é para isso que serve o Euro atualmente.

No entanto, em Portugal há salários que não lembram ao diabo, estes troikos mencionam e quase ninguém liga importância a este ponto: fosso salarial! Há algumas pessoas que ganham na mesma empresa exageradamente mais do que outras, apenas porque ocupam um lugar mais acima ou têm uma relação mais próxima do empregador... não é justiça salarial na maior parte das vezes, mas sim favoritismos e favorecimentos! Fomenta a inveja (a quem se deixa minar por este sentimento), a frustação e a discriminação...

Há que encontrar alternativas a estas políticas de submissão aos mercados. Os mercados são a coisa mais irracional que se encontra no mundo e pelos vistos é o que manda no mesmo! Temos que inverter a ordem de valores! Não é o dinheiro que importa! São as pessoas! O dinheiro que está a mandar no mundo é o que está fechado em gavetas, espalhados pelas mesas e chão das casas, é o dinheiro que certas pessoas têm e gostam de coleccionar, mas que nem precisam dele, tropeçam nele e nem dão conta, mas querem cada vez mais, nem sabem para quê...

Ainda agora me veio à memória isto: tive um Professor no Instituto Superior Técnico da cadeira de Economia por volta do ano 1996 que leccionava uma coisa apenas: fraude fiscal... sim, lembro-me perfeitamente de ele ter dito, entre outras coisas, esta, que me ficou na memória: "A fraude fiscal é o motor da economia de Portugal." O nosso grupo de alunos tinha algum sentido ético e forçou a substituição deste professor na cadeira de Economia, o que veio a acontecer, felizmente, mas desconfio que ele não tenha deixado a profissão de professor... com gente assim em escolas de renome internacional, o que se pode esperar de uma sociedade que não pensa per si, mas que vai de modas...

Detesto assim este mundo!!!...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Notas sobre o Funcionário Público

Não sendo funcionário público, trabalho para o Estado! "Nem sou carne nem peixe"... Trabalho para o Estado Português através de uma associação sem fins lucrativos que executa trabalhao no e para o Estado. Passo aqui o meu testemunho.

O meu contrato (privado) obriga-me a cumprir um regulamento interno da instituição onde trabalho que é feito para funcionários do estado. Dentro da instituição nada nos distingue a não ser a posição contratual. Em termos de funções e responsabilidade estamos todos os colegas no mesmo barco e respondemos à mesma cadeia hierárquica. Possuo os mesmos direitos e deveres de horário de trabalho: 35 horas semanais, ainda alguma liberdade para poder faltar um dia por mês, com fim programado (pessoalmente concordo com a extinção deste dia de folga). Acabam-se praticamente aqui os direitos... não tenho direito à carreira, possuo contrato a termo, remuneração discutível, sem acesso a sistemas complementares de saúde.

Há 20 anos que frequento a instituição em que trabalho, primeiro como estudante, depois com vínculos de bolseiro e a recibos verdes, continuando a tentar estudar ao mesmo tempo que exercia as minhas funções profissionais, actualmente com contrato que já referi, quase a chegar ao seu termo, e ainda inscrito como aluno de mestrado.

Desde que comecei a trabalhar, há cerca de 14 anos, que levei o trabalho a sério, muito mais a sério do que propriamente o estudo. Talvez pelo sentido de responsabilidade, porque o trabalho é para alguém e o estudo é só para mim... Nunca me preocupei com horários de trabalho, encontrando-me sempre disponível para trabalhar até fora de horas, fins de semana, madrugadas, etc... lido bem com a pressão de trabalho, julgo que a pressão até aumenta a minha eficiência! Em todo este período nunca contabilizei o horário dedicado ao trabalho, sobretudo preocupava-me mais em desempenhar as tarefas que me eram atribuídas em tempo útil do que as horas que passava a trabalhar.

Quando finalmente comecei a trabalhar com contrato, após o período de trabalho precário (8 anos a recibo verde) essencialmente a trabalhar para o Estado e já noutras funções, com a obrigatoriedade de "picar o ponto" é que dei conta do peso que as horas de trabalho tinham no meu dia! Não tendo mudado a minha filosofia de trabalho, chegava ao posto de trabalho picava a entrada e no fim a saída. Só por exemplo, no primeiro ano completo de trabalho neste regime (ano 2007) foram-me contabilizadas 634horas e 17 minutos de trabalho a mais! Que fazendo as contas em termos de dias de 7h são 90 dias de trabalho a mais num ano o que corresponde a mais de 4 meses de trabalho efectivo além do que seria obrigado contratualmente. Como não estou autorizado a fazer horas extraordinárias esse trabalho suplementar foi a custo zero para o estado! Chamo a atenção que fiz esse trabalho voluntariamente, sem ninguém mo pedir directamente, salvo raríssimas vezes em que algum esforço suplementar me era solicitado em datas especiais ou prazos mais próximos do fim.

Neste espectro, olhei para trás no tempo e dei conta de que os 8 anos que passei como "trabalhador independente" fui fortemente explorado... há contornos que ainda não chegou a altura para explorar e que merecerá eventualmente uma atenção e acção bem ponderadas, mas que até hoje não consigo engolir.

Quem me observa de fora, não sabe se sou ou não funcionário público, aliás, por inerência pressupõem que eu seja funcionário público como os meus colegas! Não vejo nenhum mal nisso, muito pelo contrário, quem me conhece sabe que sou contra estes e outros tipos de discriminação. Mas custa-me ouvir muitos comentários sobre os "funcionários públicos" que se fazem por aí à boca cheia.

O último que ouvi foi que os funciionários públicos preguiçosos têm o que merecem... só há funcionários públicos preguiçosos? E os outros? Sabem quantos são preguiçosos no público? E no privado, será que não existe preguiça? Trata-se de uma doença profissional contagiosa a dos funcionários públicos? Será que as pessoas têm noção do que se passa dentro da administração pública, das injustiças que são o pão nosso de cada dia, das promoções por amizades, por vezes íntimas, onde não se premeia quem merece de facto? Das condições às vezes absurdas de trabalho e de imposição em que as pessoas de nível hierárquico inferior não se conseguem fazer ouvir? Da discriminação que existe entre os funcionários de uma mesma instituição, nesta onde trabalho, a discriminação é mais do que óbvia: funcionários docentes e funcionários não docentes. Onde muitas vezes os funcionários que não dão aulas sentem que não são gente, pois não são tratados como tal... ou pelo menos de uma forma igualmente digna...

Nestes últimos anos foram retiradas muitas regalias aos funcionários do estado. Algumas regalias foram dadas sem justificação para tal, mas o que é certo é que quando se retira algo de alguém, é normal que as pessoas se revoltem. Foi o caso das reforma da aposentação dos funcionários públicos em que o Governo de José Sócrates passou a pedir mais anos de trabalho aos funcionários do estado. Antes com 36 anos de trabalho para o estado era suficiente para os trabalhadores se aposentarem com a pensão completa... compreendo a frustação de muitos funcionários que estavam a escassos 2 anos de reforma e verem-se obrigados a adiá-la por mais 10 anos...

Isto são só alguns dos exemplos que nada contribuem para a motivação dos trabalhadores do estado. Este (des)"Governo de Portugal" (R) está a contribuir para a desmotivação total dos seus funcionários. Está a pedir que todos os funcionários comecem a arrumar a secretária 10 minutos antes da hora de sair... Nunca mais fiz 600 horas a mais, mas tenho feito sempre as necessárias a mais para que o trabalho fique em dia. Só o mês passado foram 31horas e 31 minutos a mais sem remuneração... Mas a continuar assim, talvez chegue ao ponto de não dar nem mais um minuto por dia... a ganhar menos, sem prespetivas de melhoria, muito pelo contrário, com saques (não equitativos) de mais de 14% ao salário a motivação foge, e o brio profissional esmorece...

Nota: nos funcionários públicos, entre outros, encontramos: médicos, professores, polícias, advogados, juízes, enfermeiros, gestores, engenheiros, arquitetos, secretários, administrativos, auxiliares administrativos, etc... Um Funcionário Público é gente como outra pessoa qualquer...

O exemplo vem de cima, muito de cima!

Percepção de Subsídio de Natal e de Férias!


Percepção dos subsídios de Natal e Férias é uma miragem ou uma memória do passado para quem trabalha para o estado ou é pensionista.

No entanto, por razões de equidade social, havia um mestre, de seu nome João Pedro Martins Santos, que trabalhava no Centro de Estudos Fiscais que foi nomeado para assessor, e (talvez) ao abrigo do Programa de Emergência Social, este funcionário do Estado vai trabalhar para o (des)"Governo de Portugal" (R) com um aumento (social) mensal de € 2.000,00 e para complemento (social) vai ter percepção de subsídios de Natal e de Férias! Pois, acredito que o aumento de € 2.000,00 não seja suficiente para que o vencimento mensal se situe acima do ordenado mínimo nacional!

Com 2 pesos e 2 medidas destas, com exemplos destes é que o (des)"Governo de Portugal" (R) quer que os Portugueses nem se manifestem...
Cada vez mais excluidos os pobres, fazendo crer que o filme que anda por aí nos cinemas (In Time) Sem Tempo não está assim tão longe da realidade, onde apenas os ricos têm direito a viver...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 45)

Sem folgas ou almofadas para a teimosia!

Sobre este (des)"Governo de Portugal" (R) estou farto de falar mal... mas não encontro outra alternativa...
Insistem em dizer que os sacrifícios para 2012 são equitativos... só este desgoverno é que não assume isso! Falta de coragem de admitir o que 10.555.000 portugueses já viram incluindo o P.R.
Não há seriedade nas palavras deste (des)"Governo de Portugal" (R)... quando já sabe que toda a gente sabe que as medidas são tudo menos equitativas continua a insistir na mesma tecla, ao menos assuma o que está a fazer ao país... resta a última esperança: Tribunal Constitucional! Espero que o P.R. seja coerente e envie o diploma deste orçamento para comprovar a sua clara inconstitucionalidade.

Estou claramente decidido a fazer greve no dia 24 deste mês, a primeira greve da minha vida! Não tolero injustiças, esta é uma tremenda de uma injustiça perante a qual não consigo ficar calado, mesmo que eu não fosse directamente afetado por esta medida o meu grau de revolta seria o mesmo! Para cúmulo, não sou funcionário público nem pensionista, mas vou ficar sem o meu direito inalienável e impenhorável:

"Os subsídios de Natal e de Férias são inalienáveis e impenhoráveis" - Artº 17º do Decreto-Lei nº 496/80, de 20 de Outubro, aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Julho de 1980, sendo Primeiro-Ministro o Dr. Francisco Sá Carneiro 
@ http://thebests2010.blogspot.com/2011/10/inconstitucionalidade-do-corte-nos.html

Já agora, algures no Atlântico adivinha-se que um governo regional com maioria absoluta não vai criar medidas excecionais para combater um buraco criado por ele próprio... vamos todos tambem tapar aquele buraco cujo autor considera uma migalha, será que cerca de 6.000.000.000,00 de Euros são alguma migalha?

Este país é uma gozação... não tarda haverá revolução...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 44)

Jardim dá tolerância de ponto para assistirem à sua posse
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=540889

O exemplo vem de cima!
É o chefe de governo regional madeirense que dá o exemplo, neste caso de vaidade!
Quando todo o país enfrenta redução de feriados, pontes, salários, mais horas de trabalho, etc... vem este senhor dar asas à sua vaidade e colocar os funcionários públicos da Madeira a assistirem a mais um pavoneamento. (Re)Começa bem este senhor, grande sinal de seriedade e responsabilidade!

"Desta forma, os funcionários públicos e trabalhadroes das empresas públicas da Região têm tolerância de ponto a partir das 14:00 desta quarta-feira para «assistirem, pessoalmente ou através dos meios de comunicação social» à «tomada de posse do novo Governo Regional», agendada para as 17:00."

Ridículo e insultuoso este homenzinho... continua a rir-se na cara dos restantes Portugueses.
Não há pavão maior que este!

Ouvi falar que iriam acabar com as tolerâncias de ponto... talvez tenha sido só um pesadelo!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 43)

Rui Rio propõe sobretaxa universal a todos os trabalhadores em vez de cortes nos subsídios
http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/rui-rio-propoe-sobretaxa-universal-a-todos-os-trabalhadores-em-vez-de-cortes-nos-subsidios_1481.html

Admiro-me como é que este homem pode estar de acordo com o que já ando a dizer desde o dia 14 de Outubro...
Este mundo dá tanta volta, lol. Só o (des)"Governo de Portugal" (R) é que não vê o que toda a gente vê...
Somos nós que pagamos os salários desses senhores... somos os "patrões" deles!

"...Silêncio nos céus, Deus emudeceu..."

Altafaj: Bruxelas impõe silêncio sobre Portugal
http://economico.sapo.pt/noticias/bruxelas-impoe-silencio-sobre-portugal_130709.html

Silêncio nos céus, Deus emudeceu, faz parte de uma canção de Dulce Pontes/Ennio Morricone.
Tanto mal fizeram os homens que deixam sem fala Deus (não sou crente mas esta imagem ajuda a ilustrar)

Começa-se finalmente a perceber que espirros e vómitos de verborreias, sem precisarem de qualquer objectividade, afetam o quotidiano dos países, mas calar-se sobre Portugal não é suficiente, logo logo serão inventados quaisquer boatos ou alguma Merkel diga mais uns disparates que valham uns pontinhos percentuais nos juros da dívida para as sanguessugas de dinheiro esfregarem as mãos de contentes. Ainda assim, o silêncio pode, por si só, ser motivador de especulação: questionando se o silêncio não está para encombrir qualquer coisa menos positiva... ou ainda, silêncio para que os Portugueses não saibam o que se passa e de que forma a "troika" estará a jogar com as suas vidas... o silêncio é muito perigoso e alimenta sobretudo a especulação que é o nosso inimigo público número um!

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 42)

Seguro: agarrem-me senão eu abstenho-me
http://aeiou.expresso.pt/seguro-agarrem-me-senao-eu-abstenho-me=f685843

Abstenha-se violentamente... abstenha-se porque nem sebe o que dizer... abstenha-se porque não tem grandes ideias alternativas... abstenha-se porque não quer dizer não, (nem sim?)... abstenha-se não por acreditar, mas por medo!...
Violentamente fico "abstido" nesta visão política! Não há política credível, firme e com convicção neste PS... não me abstenho de falar porque isto me indigna! Violentamente? Sim, ficamos violentados por esta falta de coragem política! Esta violência ficará para a história...
Houve uma quase coragem algures no Mediterrâneo... mas foi sol de pouca dura... a cobardia venceu!
Ousado está este (des)"Governo de Portugal" (R) onde a imagem de marca é a de querer, poder e mandar! Cada vez mais sem oposição, ou talvez não...

Não me revejo actualmente em nenhuma força partidária, talvez porque a haja ideologia a mais dum lado e a menos do outro... eu inteiramente sou oposição clara e definida, sem poder de mobilização, sem nunca ter ido a escrutínio, mas sou um cidadão pleno (por enquanto) de direitos e deveres, com liberdade de expressão e de pensamento (repito: por enquanto).

A este PS faltou a coragem de dizer não a algo que o colocou em estado de choque... para dizer não a esta ordem mundial onde o que importa é fazer dinheiro com o que parece, sem sequer se interessarem minimamente com o ser ou o conhecer... esta especulação onde o ouvir dizer que Berlusconi se poderá demitir faz subir as cotações na bolsa... esta especulação que aproveita boatos para fazer rios de dinheiro é que manda no mundo??? Não se sabe se ele vai sair ou não, mas já consequências de quem espirrou esta ideia...

Se calhar passamos a perguntar aos mercados quem é que eles gostariam de ter como governo nos diferentes países, em vez de eleições e assim estaria o mundo feliz e contente... é isto que queremos? continuar a permitir que sejam os especuladores a mandar no mundo? A especulação não produz, apenas faz mudar de mãos muito dinheiro, não faz trigo, não vai à pesca, não produz! A riqueza do mundo devia de estar na capacidade de produção e não na capacidade de enganar as pessoas.

Este PS rendeu-se mais uma vez a este sistema. É certo que assinou um documento em primeira mão e faz bem em não deixar de cumprir o que se comprometeu, aliás os compromissos são para ser cumpridos a menos que os prejuízos possam ser maiores do que os benefícios dos mesmos. Mas assinou um documento com uma "troika" e não com este (des)"Governo de Portugal" (R). O orçamento de estado para 2012 não é o do PS como foi dito e, como Pilatus, o PS lava daí as suas mãos violentamente...

Violentado estou eu com esta política de submissão ao que já foi identificado como o mal de toda esta crise internacional! Continuamos a dizer ámen porque não temos coragem de mudar a ordem das coisas. Prostamo-nos perante o brilho do ouro erigido sob o pau podre da especulação...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 41)

Saiba o que vai acabar nos transportes públicos
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=37500

Se há medidas que poderão ser justificáveis, tais como reduzir as composições em períodos de menor utilização, ou até reduzir a frequência de alguns transportes, outras são inaceitáveis! Senão vejamos: encerramento do Metro às 21h30 entre Pontinha/Amadora e Campo Grande/Odivelas. Restante rede do Metro encerra às 23h00. Se este (des)"Governo de Portugal" (R) está a querer que as pessoas trabalhem mais 1/2 hora por dia é justo que se lhes dê menos possibilidade de regressarem a casa ou irem para o trabalho. Quer que os serviços na cidade morram às 23h00? Que as pessoas utilizem mais o seu automóvel? Quer distinguir quem mora nas zonas nobres da cidade de quem mora nas periféricas? Montijo... só terá direito a transporte quem trabalha nas horas de ponta.... e quem for obrigado a trabalhar ao sábado por causa da dita meia-hora acumulada? Para não falar das pessoas que têm outros horários de trabalho e trabalham efectivamente ao fim de semana!

Este (des)"Governo de Portugal" (R) está definitivamente empenhado em transformar Portugal numa corporação. Onde está o Estado Social? Onde estão as igualdades de oportunidades? Onde está a justiça neste país???!!! Fomenta-se a habitação nas periferias, deixando especular o mercado imobiliário em Lisboa para de seguida dizerem que quem mora fora da capital não pode vir de transportes públicos! Apetece-me chamar nomes feios aos administradores da corporação (des)"Governo de Portugal"...

Governo com Marca Própria - Governo de Portugal, lava, lava, mas não sai a nódoa!

Conselho de Ministros cria marca "Governo de Portugal"
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2098896

Numa época onde não há nada de interessante e/ou importante para estudar ou realizar os nossos ministros andam a debater estas coisas... ou chamarei a isto uma infantilidade ou, temo por isso, está-se a corporatizar o Estado! Às vezes estas coisas têm muito por trás, não são ingénuas de todo. Há que ter grande atenção.
Espero que seja mais um disparate (des)governativo sem consequências de maior.

Já agora tenho um slogan (que ouvi recentemente, não é meu!) para esta nova marca:
"Já sonho com passos de coelho e portas a bater!"
Para uniformizar a imagem do Governo de Portugal, deveriam andar todos de Smart for two, sempre dava para colocar publicidade dos patrocinadores da marca! Talvez umas fotos de Merkel a dar o ursinho a Sarkozy para a sua filha!

Euribor fazes o favor de descer?

BCE corta juros na Europa para 1,25%
http://economico.sapo.pt/noticias/bce-corta-juros-na-europa-para-125_130408.html

Uma boa notícia, espera-se! No meio de uma tempestade, aparece um guarda-chuva... esta descida dos juros implicará concerteza numa descida da Euribor que ameaçava disparar!
Ironia, foi o referendo Grego que induziu esta redução =)

Salve-se a Grécia dos seus males, que a Europa não está a deixar...

Grécia decide a 4 de Dezembro se abandona euro
http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-decide-a-4-de-dezembro-se-abandona-euro_130448.html

A mãe coragem regressou ao berço da civilização ocidental!
Embora com demérito próprio, a Grécia está na situação financeira também por culpa sua! Assim como Portugal, convenhamos! Do lado da Grécia, talvez as coisas tenham corrido pior porque souberam esconder ainda mais que Portugal (que inclui a Madeira, como não poderia deixar de ser). Portanto pouco diferencia estes 2 países.

Atualmente, Georges Papandreu assumiu por sua conta e risco a atitude corajosa de deixar serem os Gregos a decidir que futuro querem para a sua nação! Talvez tenha sido uma noite de insónia ou crise de consciência que levou o Primeiro Ministro grego a tomar a decisão de referendar o que aí se avizinha! Quantos de nós, incluindo eu próprio, sabemos que medidas é que estão condicionadas à Grécia para que seja perdoada metade da sua dívida? Muita gente fala da Grécia, mas não está a passar pelo que os Gregos estão a passar neste momento... talvez estejamos a passar todos (ou pelo menos muitos alguns) pelo mesmo ou por situações semelhantes nos próximos meses. Não se esqueçam que Portugal seria o tampão a partir do qual não haveria contágio da situação financeira da Europa ;) foi o que se viu! Já nem a Espanha será o tampão nem a Itália... que Europa será esta quando país a país se desmoronar à custa desta crise que é mal gerida em Portugal e na Europa?...

Onde está a tão urgente agência de notação europeia para fazer frente às famigeradas agências americanas? Se calhar interessa para já os bancos europeus ganharem dinheiro com os juros aos países "ajudados" porque esperam por tomar iniciativas tão importantes como esta??? Eurobonds?

Salve-se a Grécia dos seus males, que a Europa não está a deixar... Talvez olhando para o país do gelo se encontre alguma solução!

"Colarinho branco" na prisão?

Isaltino pode ser preso. Caso transitou em julgado - Renascença
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=37463

Será que é desta que o agora criminoso (já se pode dizer!) Isaltino Morais vai passar pela prisão?
Resta saber por quantos dias...
Justiça? A ver vamos! Pode ser que seja só o princípio! ;)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Democracia: cada país é do seu povo! O povo que decida o seu futuro!

O egoísmo para-nacionalista é que move a Europa!

A Europa debate-se com o maior desafio que lhe é posto. Não é assim tão recente, vem desde 2008.
Esta crise capitalista global deve-se sobretudo à especulação, ao dinheiro fácil... já não é na prostituição que se faz dinheiro fácil.
A especulação imobiliária, a oscilação de cotações nas bolsas ao som de espirros e vómitos... Gente que lida com o mundo como se tratasse de simples cartas de um jogo de Monopólio. Sanguessugas humanas que rapam até ao tutano os povos mais fragilisados aumentando exponencialmente os juros de quem pouco ou quase nada tem. Enriquecimento lícito? Não me parece! Tratam-se dos piores crimes contra a humanidade: afogar quem pede auxílio!...

Fala-se da Grécia, se a Grécia merece estar nesta Europa... Será que nós merecemos estar nesta Europa também? Será que é esta a Europa que queremos?
Sarcozy e Merkel estão empenhados em salvar a Europa ou apenas a não deixar contaminar os seus próprios países? Para mim é óbvio que estão empenhados em fazer tudo o que for preciso para salvar a França e a Alemanha!!!
De quem são os países? De quem é Portugal? De quem é a Grécia? De certeza que não são da França nem da Alemanha! São dos que aí nasceram e/ou habitam. Só aos Gregos saberá responder se querem continuar nesta espiral de austeridade, se são capazes de aguentar o barco! Não Merkel ou Sarkozy ou qualquer outra sanguessuga no conforto do seu lar é que vai ditar quais os sacirifícios que os Gregos (não) podem aguentar para estar nesta Europa! Se ainda fosse outra Europa...
Portugal cresceu, mas cresceu com muletas após 1986, mas essas muletas foram ficando cada vez mais curtas e o país não percebeu que teria de colocar mais cálcio na economia, torná-la mais forte e competitiva! Os governos deixaram crescer sem cálcio, deixaram amiguinhos enriquecer, deixaram entrar dinheiro sem controlo. Agora estamos descalcificados e sem muletas, ainda por cima vão-nos cortando as pernas para chegarmos ao ponto de só rastejar... não é o que querem que a Grécia faça? Rasteje em nome de um perdão? E depois? Quem sobreviverá, o que será da Grécia?

Apoio entusiasticamente que deixem aos reais donos do país decidirem o que querem para eles próprios. Ninguém está preocupado com os Gregos, mas apenas se ouve defender o Euro, defender alguns países ricos de uma perda de interesse numa moeda que se queria grande! Mérito terá o Reino Unido de nunca ter querido entrar para este clube, que é de ricos, mas só alguns...
Deixem a democracia dizer qual o destino do seu povo e não qualquer Angela Merkel ou Nicolas Sarkozy... cheira-me a imperialismo e subversão dos povos a duas figuras... não é para isso que se construiu a Europa. Não é esta Europa de Miterrand e de Helmut Kohl. Não é a minha Europa e de certeza que não será a Europa de muita gente. Quero Solidariedade, Integridade, Seriedade, Humanidade e Democracia!