Nação Valente e Imortal

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"Desfralda a invicta bandeira à luz viva do teu céu"

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

7 de Setembro de 2012 - O princípio do Fim!

Diário de uma crise (A Revolta, episódio 56)


Há 2 diários atrás, antes do anúncio bombástico do Passos Coelho, o seu PEC VII, anunciei que esse dia iria ficar para a história! Não foi um presságio, não sou um vidente, mas sim um observador! Foi o corolário do que tem sido este ano e meio de governação, cada vez que o Primeiro Ministro fala não é para anunciar coisas boas e dos sinais da convergência orçamental, ou falta dela, adivinhava-se ainda mais austeridade.

O anúncio do PEC VII com o escândalo da transferência de 5,75% da TSU para o patronato e de 1,25% para o Estado apanhou os Portugueses bem de surpresa! A imaginação política é muita, de facto! Os trabalhadores passam a financiar as empresas, transferindo quase um ordenado por ano para os seus patrões... O objectivo aparente seria um aliviar de tesouraria das empresas (até que este aspeto parece ser verdadeiro) e ainda fomentar o emprego ou diminuir o desemprego. Ninguém acredita neste último objetivo, toda a classe política nacional, empresários, sindicatos, trabalhadores, até muitas personalidades ligadas direta ou indiretamente aos partidos da governação dizem que esta medida é inaceitável, que rompe com o pacto social, que vai agravar a crise e sortir o efeito contrário ao pretensamente anunciado. O governo não ouve, explica mentindo, como foi o caso do Ministro das Finanças que veio a ser desmentido pelo próprio Primeiro Ministro! É o caos! A crise está de facto instalada, e não é só crise financeira e económica, mas também social e agora política! Embora o Ministro Relvas tenha anunciado do Brasil que este não era momento para crises políticas. As crises acontecem porque foram provocadas, não se escolhe data para haver crise política: isso é ditadura!

O Princípio do Fim começou dia 7 de Setembro com o anúncio do PEC VII, mas a 11 de Setembro tganhamos de brinde um PEC VIII que foram as medidas de austeridade para 2013 e está na calha o PEC IX, o orçamento retificativo de 2012... 3 em 1, 3 PECs de uma vez só...

Finalmente o PS deu a mão à palmatória e não quer ser mais cúmplice deste governo, mas não esquecemos que foi cúmplice durante ano e meio de políticas desastrosas!... Bateu com a porta tarde, mas se calhar também no momento certo! Tarde, porque foi cúmplice durante tempo em demasia, mas também no momento certo porque é agora que se vai fazer história. Agora é que é preciso reunir todas as condições democráticas de fazer cair este governo, que, apesar do panorama, insiste, por orgulho e autoritarismo, a levar as medidas inaceitáveis por todos avante.

A legitimidade democrática é dada pelo povo, não só pelos votos de há ano e meio atrás! O poder do povo não é só de 4 em 4 anos. Faz-se todo o dia! O Povo Português é o "Patrão" do governo! Não podemos negligenciar isso. É um direito e um dever lutarmos por todos!

É o Princípio do Fim porque mais ninguém acredita neste governo, nesta forma de governar. É o Princípio do Fim porque de facto este governo conseguiu unir os portugueses, mas contra si! É o Princípio do Fim pois apesar de a crise política estar à vista de todos, o Presidente da República tem de ser poupado aos sacrifícios políticos, tem de ser poupado à responsabilidade de tomar uma atitude para salvar o país! É o Princípio do Fim do Estado Social. É o Princípio do Fim da Democracia em Portugal!


Vamos arrepiar caminho! Vamos tornar este país viável investindo na indústria, na produção agrícola e piscatória! Vamos construir uma outra filosofia empresarial, com responsabilidade e motivadora dos trabalhadores repartindo os sucessos das empresas com quem a faz crescer ou produzir! A motivação é a arma da competitividade, não o preço do custo do trabalho. Só numa sociedade submissa é que o custo do trabalho é sinónimo de competitividade. Vamos motivar os Portugueses, prometer um futuro cor-de-rosa, ao contrário de o anunciado pelo Primeiro Ministro que a única luz que vemos no fim do túnel é o comboio que nos vai atropelar.

Há que não calar, dizer o que nos vai na alma, manifestarmos a nossa indignação, tomarmos parte ativa na sociedade e assumirmos a responsabilidade de sermos cidadãos de um país, sem violência, mas com convicção! Sem medo de mostrar o que achamos correto. Permitirmo-nos pensar pelas nossas cabeças, fazer um país diferente. Fazer um país melhor! Não são os nossos antepassados que fazem a história, esses fizeram-na, agora cumpre-nos a nós fazer a História de Portugal!

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